18 dezembro 2013

Petição pública pela educação

PZ | "Mundo" from Meifumado Fonogramas on Vimeo.

“A educação é assim o ponto em que se decide se se ama suficientemente o mundo para assumir responsabilidade por ele (...)” (Hannah Arendt)

Nas sociedades ocidentais, o discurso sobre a crise da educação tem sido recorrente e tem-se materializado frequentemente na apologia de modelos tradicionais de educação, do regresso às aprendizagens básicas consideradas fundamentais – movimento designado back to basics -, assentes na defesa da recuperação da 'autoridade' do professor e da eficácia do ensino medida em termos de resultados dos alunos – presente, por exemplo, nos rankings das escolas. Atualmente, como mostram as discussões públicas existentes em diferentes países, a questão central é que o projeto de uma escola para todos encontra-se sob contestação e tem sido alvo de redefinições vigorosas e dramáticas. Considere-se o advento do cheque-ensino, a transferência do financiamento público da educação para o sector privado, o padrão crescente da seletividade e da segregação, a nova retórica da accountability e a crescente estandardização das escolas. A tendência de desresponsabilização do Estado pela qualidade do funcionamento da escola pública a par do apoio à privatização da prestação do serviço educativo é apresentada como única solução para os problemas com que se debate atualmente a escola.

O fomento de um ‘mercado da educação’ tem-se traduzido, sobretudo, na subordinação das políticas de educação a uma lógica estritamente económica, no âmbito da globalização; na importação de valores como a competitividade, concorrência ou a excelência; em modelos de gestão empresarial, como solução para a ‘modernização’ do serviço público de educação; e na promoção de medidas tendentes à sua privatização. Neste contexto, o ‘serviço público’ está cada vez mais transformado em ‘serviços mínimos para clientes sem outra opção’, onde o ‘bem comum educativo’ para todos é substituído por ‘bens’ diversos, desigualmente acessíveis e de natureza e qualidade desiguais, com os riscos de exclusão que são inerentes a esta lógica.

As medidas tomadas ou anunciadas recentemente em Portugal no âmbito da educação espelham esta realidade – o anúncio do cheque-ensino, o novo diploma dos contratos de associação, o guião da reforma do Estado – e representam a desresponsabilização do Estado relativamente à educação. Ao mascarar a diluição do serviço público de educação com a retórica da liberdade de escolha, o atual Governo está a demitir o Estado da sua função de provisão pública da educação definida na Constituição. Está também a desistir de dar resposta aos problemas prioritários do nosso sistema de ensino, como o abandono e o insucesso escolares, a desigualdade social no acesso e sucesso escolares ou a questão de uma efetiva autonomia pedagógica (e não burocrática) das escolas e dos professores. A formação inicial de professores está também a ser alvo de medidas que põem em causa a sua natureza e organização, assim como a autonomia das instituições de ensino superior responsáveis por essa formação.

Subjacente a estas medidas está uma desvalorização do trabalho desenvolvido nas últimas décadas pelas escolas, pelos professores e pela sociedade em geral no que diz respeito à educação das crianças, jovens e adultos, à promoção do sucesso educativo e à garantia de acesso de todos a uma educação de qualidade, ignorando os resultados alcançados ou o conhecimento produzido pela investigação no campo da educação. Neste debate, é também preciso ter em conta que diversos estudos internacionais sobre países onde foram implementadas estas medidas – como o cheque-ensino ou as escolas independentes – demonstram que não melhoram a qualidade global e que, pelo contrário, aumentam as desigualdades. Na ausência de um diagnóstico e de decisões baseadas em conhecimentos existentes sobre a realidade do funcionamento do sistema de ensino, torna-se necessária uma reflexão profunda e pública sobre os riscos e implicações das medidas propostas.

Todas estas medidas não representam apenas meras reformas, uma vez que desafiam os próprios princípios fundadores da escola para todos enquanto garante da equidade e da justiça social, e, enfim, da própria possibilidade da democracia: o financiamento estatal da escola pública como forma de garantir que o futuro de nenhuma criança e jovem seja pré-determinado pelas suas origens socioeconómicas; que as crianças e jovens de diferentes origens socioeconómicas devem aprender juntas para que os futuros cidadãos possam escapar aos preconceitos de género, classe, etnia ou credo. A universalidade do acesso, a igualdade de oportunidades e a continuidade dos percursos escolares são princípios fundamentais da escola pública.

Não se trata, como nos querem fazer crer, de uma suposta oposição formalista entre escola pública e escola privada, mas da necessidade de debate sobre as implicações das medidas propostas e em curso, relativamente à missão e responsabilidade social da escola, ao papel do Estado e aos fins da educação numa sociedade democrática. O que está em causa é a forma como a escola desempenha a sua função ou propósitos públicos. Entre o controlo e o centralismo estatal e a privatização da educação existe um imenso espaço de possibilidades, nomeadamente no que diz respeito à construção efetiva da autonomia das escolas.

Seja mascarada sob a pressão da redução dos custos ou submetida às pressões do aumento da seletividade escolar, a educação não pode esperar. Os professores, educadores e investigadores em educação consideram esta uma questão demasiado importante para ser pensada numa lógica dicotómica, empresarial ou de consumo. A escola pública, como espaço de igualdade e pluralidade – como espaço de liberdade – não se resume à questão da liberdade de escolha. A radical liberdade garantida pela existência de serviços públicos de educação reside não na escolha, mas antes na obrigatoriedade de ser e estar com os outros e de com eles fazer mundo comum. É por isso que, como referia Hannah Arendt, a educação é um assunto demasiado sério para ser deixado apenas ao cuidado dos políticos e dos pedagogos. Toda a sociedade deveria ser chamada a participar neste debate, o que tem sido impedido pela forma como estas medidas têm sido anunciadas e implementadas, sem respeito por uma governação democrática, informada ou minimamente participada. Ou será o ódio da escola pública ‘apenas’ um reflexo do medo da democracia?
Texto elaborado por:

Teresa N. R. Gonçalves, UIED, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa
Mariana Gaio Alves, UIED, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa
Elisabete Xavier Gomes, UIED, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa; Escola Superior de Educação de Lisboa
Nair Rios Azevedo, UIED, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa 


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13 dezembro 2013

gaita de foles em helena menor


Demonstração de método científico na interpretação e comunicação cultural Média ao serviço do Encoberto, a partir de Ultimatum! de Álvaro de Campos (1917). Dedicado ao Acervo dos Comuns.
30.11.2013

27 junho 2013

jornalismo de pacotilha

Bom dia, Portugal em greve geral.
O Teixeira dos Santos, ministro das Finanças de José Sócrates, foi à TVI ontem à noite, "quebrar o silêncio".
A corajosa Judite, referência do jornalismo de massas português, quis encostar o ex-ministro à parede e, que se saiba, ele nem a convidou para jantar.
Judite surpreendeu-nos com um trejeito estilístico no olhar. Transformou-o numa sonda penetrante e estava disposta a tudo para que Teixeira dos Santos nos desse a conhecer as intrigas da relação com Sócrates. Dizem que é óptimo fantasiar com grisalhos.
Teixeira dos Santos mostrou-se  experiente na condução de entrevistas.
Conseguiu, mesmo com aquela mulher determinada a alcançar o oculto das questões importantes para o país, evitar perguntas sobre uma doença interna que se se lhe inscreveu na testa: BPN nacionalizado.
Que futuro esperar de um passado omisso?

23 junho 2013

perdoa-lhe, Estado, que ele não sabe o que fez

Gostaria que o senhor Oliveira e Costa apodrecesse mas não no esquecimento.

Este "palerma", que não sabia fazer nada se não trabalhar, que tanto queria fazer bem e fez tudo mal, encabeça a lista de responsáveis pela fraude BPN desbotada na memória colectiva.

Essa fraude corresponde aos milhões de euros que é suposto cortar na nossa despesa como nos exigem todos os dias. Uma despesa que é dívida contraída por viver acima das possibilidades conforme a banca as oferecia. Somem-se os juros sobre esse montante, os depositantes que não reouveram o seu dinheiro. Subtraiam-se para lá de 3.000.000.000 de euros de custos com a nacionalização em 2008, as responsabilidades futuras com os trabalhadores em vias de despedimento, privatização miserável por 40.000.000 de euros em 2012. Somos todos convocados ao prejuízo que um grupo de pessoas julga irrelevante. Afinal, errar é humano, n'est pas?

Apesar de identificada a sua responsabilidade, gozam de uma impunidade ímpar, para lá do Estado de Direito ou de qualquer padrão moral sobre o qual se queira construir futuro.

Se continuarmos a esquecer, vamos ter pelo menos mais 17 anos de purgatório na Terra pelos erros de Oliveira e Costa, Abdool Vakil - presidente interino da SLN, entre as gestões de Oliveira e Costa e Miguel Cadilhe, Alberto Figueiredo - presidente da SLN Valor, António Coutinho Rebelo - director do BPN Imofundos, Carlos Alexandre - juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal responsável por este processo, Carlos Santos - director do Departamento de Supervisão do Banco de Portugal, Cavaco Silva - Presidente da República, Clara Machado - directora-adjunta do Banco de Portugal, Faria de Oliveira - presidente da CGD aquando da nacionalização do BPN, Francisco Bandeira - presidente da administração do BPN, sucedendo a Miguel Cadilhe, Miguel Cadilhe - presidente executivo e do conselho de administração da SLN e presidente do BPN (ano 2008), Manuel Meira Fernandes - administrador da SLN, Norberto Rosa - administrador da CGD e administrador nomeado do BPN aquando da nacionalização do banco, Pedro Cardoso - administrador da CGD e administrador nomeado do BPN aquando da nacionalização do banco, Rui Pedras - administrador do BPN, Teixeira dos Santos - ministro das Finanças do XVII Governo Constitucional, Vítor Constâncio - governador do Banco de Portugal, BPN - Banco Português de Negócios, BdP - Banco de Portugal, Banco Efisa - detido a 100% pelo BPN, Deloitte - empresa de auditoria, SLN - Sociedade Lusa de Negócios, Sociedade de gestão e exploração imobiliária Pousa Flores, CGD - Caixa Geral de Depósitos

É este o desfecho da História?

01 junho 2013

o parasita maior que o hospedeiro

Imaginem pagar salários, com subsídios e tudo, desde o primeiro aniversário do Lenin até hoje, por exemplo.
A dívida em contratos SWAP dava para pagar quase século e meio de salários da Metro do Porto, tempo que nenhum de nós vai ver concluído.
Decorre um projecto abstracto da economia autofágica, sem tempo, sem caras, sem matéria, só operações, letras e contratos.
Trocaram a balança das prioridades e salivam com grandes números de dinheiro que nem existe. É só Gollums e anéis e milhares de frustrados que gostariam de facturar os mesmos milhões, afastando a moral clássica de que a miséria se define na proporção da riqueza - mais ou menos como na física, nada se perde, vai parar a outro lado.
Chegou ao fim qualquer consenso ou diálogo com os governos que fingiram ser Estado durante as três dezenas de anos que quase tem a minha vida. Por princípio, avalio as pessoas pela consequência das suas acções e evito gente reles.
A democracia educou todos quantos não se consideram acima dela. Os responsáveis administrativos da política ficaram de fora.
A sede é de justiça porque a fome foi de dinheiro.


26 maio 2013

c-c-c-c-c-omo diz?


O IGCP é a entidade pública a quem compete, nos termos da lei,
assegurar o financiamento e efectuar a gestão da dívida pública directa do Estado Português.
Dance by The Rolling Stones on Grooveshark

06 maio 2013

cumé qué pussibél?


Na sequência de uma série de habilitações concedidas indevidamente, aqui se apresenta a notícia orgulhosa promovida pela instituição que me cobrou 120 euros por um canudo que nem serve para provar que tirei um curso.
http://noticias.up.pt/jean-claude-juncker-distinguido-com-doutoramento-honoris-causa-pela-u-porto/

"No próximo dia 3 de maio, pelas 17 horas, a Universidade do Porto concede o seu 84º título de Doutor Honoris Causa, desta feita, a uma das figuras que mais se tem destacado no panorama da construção europeia, em particular com o contributo do seu trabalho na liderança do Eurogrupo em prol de uma verdadeira coesão económica e social da Europa - o Primeiro-Ministro luxemburguês Jean-Claude Juncker.
A sua “constante preocupação por uma Europa mais social” e o seu papel como “um dos principais obreiros do “Luxembourg Process” destinado a promover o emprego” são algumas das razões citadas no despacho de concessão do título a Jean-Claude Juncker. A U.Porto destaca ainda o seu empenho no estreitar de ligações entre Portugal e o Luxemburgo nomeadamente no que toca aos portugueses residentes neste país, ao longo dos últimos 18 anos como Primeiro-Ministro do Grão-Ducado.
A cerimónia de atribuição do título de Doutor Honoris Causa decorre no Salão Nobre da Universidade do Porto e contará também com a presença do presidente do Conselho Económico e Social,  José Silva Peneda, como Elogiador do Doutorando, e de Manuela Ferreira Leite, que assumirá o papel de Madrinha. José Meirinhos, docente da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP) será o Mestre-de-Cerimónias.
Sobre Jean-Claude Juncker
Jean-Claude Juncker é Primeiro-Ministro do Luxemburgo desde 1995 e é um dos responsáveis pela elaboração do Tratado de Maastricht. A União Económica e Monetária, o Pacto de Estabilidade e o alargamento a Leste em muito se devem também à sua intervenção. Para além disso, foi o primeiro presidente do Eurogrupo, entre 2005 e 2013. Antes disso, liderou o Banco Mundial (1989-1995) e assumiu o cargo de governador do FMI – Fundo Monetário Internacional e do BERD – Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento."

Obrigada, Junker. Se não tivesses ajudado, nunca teríamos usado esta tanga tão sexy.

Vergonha, U.Porto.

29 abril 2013

exemplaridade do projecto europeu

Uma ilustração do que se entende por "Chantagem" ou "Agiotagem", a partir de um artigo do Público de hoje. 
Estamos na mesma direcção política que a Grécia. Temos a troika, coligações centro-direita misturadas com socialistas, urgência inevitável na reestruturação do Estado - como quem arruma a tenda no centro do ciclone. Vai voar tudo e no fim varreremos lama. 
Precisamos de uma objectivo comum que nos solte das "Samaras".

É isto que deixamos acontecer?

Parlamento grego aprova despedimento de 15 mil funcionários públicos
Projecto de lei sobre a reestruturação da administração pública permite à Grécia desbloquear nova tranche financeira.

O parlamente grego aprovou, pouco antes da meia-noite de domingo, o projecto de lei que prevê o despedimento de 15 mil funcionários públicos até 2014, uma exigência da troika como contrapartida do financiamento externo.
A reestruturação da administração pública, que conta com cerca de 700 mil trabalhadores, é fortemente contestada pelos sindicatos que no domingo se concentraram em frente ao parlamento.
Este projecto de lei foi aprovado sábado em sede de comissão parlamentar pela maioria que suporta a coligação no governo e começou a ser discutido domingo de manhã pelos deputados. Prevê-se a saída de quatro mil trabalhadores ainda este ano.
Com a aprovação, o ministro das finanças grego Yannis Stournaras deverá conseguir o envelope financeiro de 2800 milhões de euros de que precisa. Resta agora o aval dos ministros das finanças da zona euro. O Grupo de Trabalho do Eurogrupo, que prepara as reuniões mensais dos ministros, junta-se nesta segunda-feira em Bruxelas e deverá dar luz verde preliminar ao desembolso da próxima tranche de financiamento externo à Grécia. Este empréstimo deveria ter sido entregue em Março, mas foi adiada.
As novas medidas de austeridade mereceram os votos favoráveis dos 168 deputados, num total de 300, que apoiam o governo de Antonis Samaras, de centro-direita, coligado com os socialistas do Pasok e o Esquerda Democrática. Uma alteração de última hora, que permite às autoridades contratar jovens por menos do que o salário mínimo (586 euros) lançou protestos durante o debate.
O corte de 15 mil funcionários públicos foi aprovado numa altura em que a taxa de desemprego na Grécia, de 27%, é a mais alta de sempre.
No seu quarto relatório, hoje divulgado, o grupo de trabalho para a Grécia criado pela Comissão Europeia em 2011 para prestar ajuda técnica, diz que houve progressos em algumas áreas estruturais. “No período de Dezembro a Março de 2013 houve um envolvimento político com as reformas administrativas e estruturais e esforços para usar os fundos da forma mais vantajosa para o país”, refere o documento.
A organização destaca a evolução conseguida na reorganização dos vários ministérios gregos e o arranque de reformas importantes para o ambiente empresarial. Contudo, avisa, depois de cinco anos de contracção económica, cresce a pressão da população em geral para uma recuperação mais rápida. “As condições económicas continuam extremamente difíceis, com o aumento de desemprego” e o “crescimento e a coesão social tornaram-se no desafio mais prioritário para o governo”.
O grupo de trabalho sublinha que a reforma fiscal teve progressos a nível institucional, mas avisa que ainda é muito cedo para dizer se irá conduzir “a um aumento permanente” na capacidade do Estado de arrecadar receitas.
in http://www.publico.pt/n1592816

17 abril 2013




Libertarismo
Qualquer posição política que defenda a radical distribuição do poder do estado coercivo na passagem para a associação voluntária de indivíduos livres.
tradução livre da definição de Roderick Long, professor de Filosofia estado-unidense, nascido a 4 de Fevereiro de 1964

UK Independence Party & Nigel Farage
or downsize evenly

Partido libertário de direita e seu escudeiro.

O Bruno Nogueira ficou famoso com "o senhor do bolo". Uma insurreição de entretenimento.
Este deputado europeu ficou famoso com a intervenção perante Rompuy. Disse-lhe que tinha "o carisma de um trapo", "a compleição de um bancário de baixa categoria" e, entre outras coisas, que teria sido designado para levar a cabo o assassinato discreto da democracia europeia e dos seus estados. O bully tem verbo.
Se não tivesse mudado o plano da câmara, ficaria confusa por não me lembrar de Seguro no Parlamento Europeu. A descrição de Farage  encaixa igualmente na de Passos Coelho. Talvez possa confundir Assunção Esteves, Vitor Gaspar, Paulo Macedo, Mota Soares, Marcelo Rebelo de Sousa, António Vitorino, Assunção Cristas, Nuno Crato, Carlos Moedas, Aguiar Branco, Selassié (nome que significa o poder da trindade), Jurgen Kruger, Rasmus Ruffer, Vitor Constâncio, Papandreou, Evangelos Venizelos, Angela Merkel, Hollande, Schauble, Rajoy.

Relvas, Portas, Miguel Macedo, Cavaco Silva, Ricardo Salgado, Fernando Ulrich, Poul Thomsen, Jardim Gonçalves, Ricardo Espírito Santo, António Costa, Belmiro de Azevedo, Américo Amorim, Rui Rio, Menezes, Mario Draghi, Jean Claude Trichet, Christine Lagarde, ficam de fora da primeira lista por transpirarem pinta de mafioso e, por isso, algum carisma.
Ficam de fora, também, outros que não me ocorrem mas, sempre que me lembrar de um bom, actualizarei a lista.
Ufa... Acho que sou das que reclamam erro de casting nos protagonistas da política e da execução que fazem dela. 
Se me condenarem ao mesmo que Farage, cada um há-de cobrar-me 4000 euros por uma descrição adaptada. Contraio uma dívida e não traio verdade.

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Autodeterminação, soberania, eurocepticismo, desprezo pela violência e a coerção, favorecimento do poder local, cooperação económica internacional, distribuição de recursos, controlo de imigração, moção de "desconfiança" a Durão Barroso (2005),* denúncia de corrupção, liberdade de imprensa, julgamento de carácter.


* José Manuel Barroso - que belo embrulho, cepo.
During the spring of 2005, Farage requested that the European Commission disclose where the individual Commissioners had spent their holidays. The Commission did not provide the information requested, on the basis that the Commissioners had a right of privacy. The German newspaper Die Welt reported that the President of the European Commission, José Manuel Barroso had spent a week on the yacht of the Greek shipping billionaire Spiro Latsis. It emerged soon afterwards that this had occurred a month before the Commission under Barroso's predecessor Romano Prodi approved 10.3 million euro of Greek state aid for Latsis' shipping company.[43] It also became known that Peter Mandelson, then a member of the Commission, had accepted a trip to Jamaica from an unrevealed source.
Farage persuaded around 75 MEPs from across the political divide to back a motion of no confidence in Barroso, which would be sufficient to compel Barroso to appear before the European Parliament to be questioned on the issue.[44] The motion was successfully tabled on 12 May 2005, and Barroso appeared before Parliament[45] at a debate on 26 May 2005. The motion was heavily defeated. A Conservative MEP, Roger Helmer, was expelled from his group, the European People's Party – European Democrats (EPP-ED), in the middle of the debate by that group's leader Hans-Gert Poettering as a result of his support for Farage's motion.

07 março 2013

para desenjoar das notícias portuguesas



Mass protests erupt across Bulgaria


Tens of thousands rally nationwide to demand cap on rising power bills, higher wages and end to government corruption.

Tens of thousands of people have taken to the streets across Bulgaria to protest against corruption and the country's rising cost of living.
The demonstrations on Sunday come a week after nationwide demonstrations forced the conservative government to resign.
More than 10,000 protesters marched in downtown Sofia under the slogan "End to illusions, civil action every day!"
They shouted "Mafia!" and "All parties out!" near parliament and the presidency, waving white-green-and-red Bulgarian flags.
Rosen Pleveliev, the president of Bulgaria, appeared briefly before the crowd but was greeted with boos and jeers.
He said he was willing to meet next week with trade unions and civil groups to hear their demands and seek a way out of the crisis that forced the resignation of Boyko Borisov, the former prime minister, on Wednesday.
Borisov's surprise resignation came after demonstrations turned violent, with several dozen people injured and two men setting themselves on fire. One of them died and the other remains in hospital in critical condition.
Despite his resignation, activists have vowed to continue with the  protests.
Frozen wages
The Black Sea city of Varna, where the daily rallies against high electricity bills and deepening poverty began two weeks ago, saw its largest demonstration on Sunday, local media reported.
Between 20,000 and 40,000 protesters blocked traffic along key boulevards in the city, calling for the resignation of Kiril Yordanov, the mayor, and denouncing "the economic domination of the mobsters".
They burned an effigy outside the headquarters of the local electricity utility monopoly, Czech Energo-Pro.
About 3,000 protesters also gathered in the Black Sea city of Burgas and between 6,000 and 10,000 joined the demonstration in Bulgaria's second-largest city of  Plovdiv in the south, media reports said.
Rallies were also held in numerous other towns across the country.
The protests that have swept the European Union's poorest country over the past two weeks were sparked by anger over mounting electricity bills and frozen public wages.
The average monthly salary in Bulgaria is $534 and has not increased for years.
Activists who met at the weekend said they agreed on the need for constitutional changes with majority elections instead of the current proportional system and the possibility to sue and even sack legislators if they did not fulfill their duties.
They also demanded a moratorium on power bills, no value added tax on electricity and a review of all contracts on privatising the power sector.
http://www.aljazeera.com/video/europe/2013/02/2013224175149435931.html 

23 fevereiro 2013

bandeira

Aula de Português B (ou Cântico Negro)
Escola Secundária de Santa Maria da Feira
1999

 
Rifão Quotidiano
interpretado por Mário Viegas
adaptado de Mário Henrique Leiria
"Novos Contos do Gin Tonic"
1974 

Zip-Zip primeira emissão
RTP
1969

22 fevereiro 2013

hello, world. who the fork is manuel rodrigues?

























O secretário de Estado das Finanças admitiu que o Governo terá de fazer um orçamento retificativo para incluir as medidas adicionais de corte na despesa
(Soa a cortes na função pública. 
...
Lembram-se do afamado relatório do FMI... há uma dezena de milhar de más notícias atrás? Aquele que aconselhava a despedir 25.000 funcionários públicos... Agora há uma grande razão para o fazer e até a Comissão Europeia o reconhece lá por causa da recessão e do défice... 
Também prevêem que o desemprego aumentará (quem diria) e que não serão atingidas as metas do défice (com o indicador do consumo a diminuir, o PIB a descer, já estou a imaginar o grande sorriso da curva da dívida no Excel).
Raios e coriscos... estava tudo a correr bem! Só não temos auto-suficiência, soberania e liberdade! Mesquinha essa gente que não deixa o governo trabalhar ou cumprir o mandato... E canta Grândolas para tirar a liberdade de expressão a esses senhores sem voz nem poder... 
Repudio! Veemente! Párias, todos uns párias!...
Repare que só o poder, sob a forma de Estado, tem direito a fabricar e calar a pauta da rua.
Um governo ali, a dormir bem, de consciência tranquila, a espremer o seu melhor. O seu melhor é a gente anónima que amam tanto que acederam a representá-la. Não estão por interesse, estão por simpatia. 
Tiro o chapéu a quem se voluntaria para assumir o comando da costa e da concórdia. Se ao menos o nosso Presidente fosse vivo...
As crises são cíclicas e os anos cínicos.)


«O Governo está atento no decurso da execução orçamental de 2013 e discutirá no sétimo exame regular eventuais poupanças adicionais que tenham de ser conseguidas», afirmou (who-the-fork-is...)Manuel Rodrigues numa conferência de imprensa onde comentou as projeções da Comissão Europeia, que pioram para quase o dobro a recessão esperada para este ano, e que afirmam que Portugal não conseguirá cumprir a meta do défice orçamental nem em 2013 (o ano da retoma, hein?), nem sequer em 2014.
(mas estes gajos do PC e do Bloco não se cansam de dizer sempre a mesma coisa?! sempre a agoirar os esforços da coligação... pois! esses europeus são todos uns esquerdistas miseráveis! )

Questionado pelos jornalistas sobre a necessidade de um orçamento retificativo para acomodar estas alterações, (I mean, why-the-fork...) Manuel Rodrigues (veio na carreira J, cais direito) afirmou: «Tais poupanças terão de ser vertidas num orçamento retificativo».
Estas medidas já estavam planeadas num plano de contingência com um valor estimado de 0,5% do PIB, para fazer face a eventuais desvios este ano, incluindo um chumbo de medidas do orçamento pelo Tribunal Constitucional.

http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=3068479